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Foto do escritorRedação

O último dia do CINENOVA

Atualizado: 3 de mar. de 2019

Terceiro e último dia do Festival fecha com exibição dos trabalhos da categoria "Não Competição"


Otorrinolaringologista (2015) de André Pereira

A edição de 2019 do CINENOVA chegava ao fim, numa tarde quente e solarenga de sábado.

Apesar de ser o último dia do evento, as tarefas continuavam e a organização atendia aos preparativos finais: abriam-se as portas, ligava-se o projetor e descia, pela última vez, a tela branca. O público ia chegando, momentos antes da primeira sessão começar, e algumas caras eram já conhecidas do Festival. Alguns curiosos, alunos da Faculdade e até familiares de realizadores participantes iam ocupando as cadeiras do Auditório 1. Aos poucos, a sala compunha-se.


A décima sessão da 1.ª edição do CINENOVA teve começo marcado para as 15h, com exibição das obras integradas na categoria "Não Competição", a maior parte pela mão de realizadores portugueses.


Making a Living in the Dry Season (2016) de Inês Ponte

O terceiro e último dia do CINENOVA contou com a presença de alguns dos realizadores das curtas-metragens em exibição. Entre eles, Inês Ponte, autora de Making a Living in the Dry Season, que discutiu abertamente o seu filme com os espectadores presentes. Realizado em 2016, a obra da portuguesa teve como protagonistas os elementos de uma família africana da zona rural de Namibe, Angola.


Bastante interpelada pela audiência, Inês Ponte confessou que a maior dificuldade na concretização do trabalho no terreno foi a língua. No entanto, conseguiu apreendê-la, "falando com as crianças". “Aprendi um modo de vida, um grau de solidariedade; aprendi a passar noites ao relento, a conviver 24h por dia com pessoas, a comer coisas que nem sabia que se comiam, a mexer em gado, a semear”, contou a realizadora quando questionada acerca da sua experiência.


Com o fim da tarde a aproximar-se, chegava também o fim desta 1.ª edição do CINENOVA. A última sessão terminava e os últimos visitantes do evento deixavam o auditório. Apagavam-se as luzes a um Festival que, durante três dias, brilhou.


Rui Casanova e Ana Rita Maciel

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